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Encontro Formativo da USGCB

“Os religiosos e as religiosas, como todas as outras pessoas consagradas, são chamados a ser “peritos em comunhão.”

(Papa Francisco)

 

 

Aconteceu, nos dias 06 e 07 de abril de 2024, na Casa de Retiros Santíssima Trindade, em Belo Horizonte/MG, o Encontro Formativo da USGCB (União das Superioras Gerais – Congregações Brasileiras) do Regional Minas e Espírito Santo.

O Encontro, com foco formativo, foi aberto para os Governos das Congregações, contando, assim, com a presença não somente das Superioras e Superiores, mas, também, das Conselheiras, Ecônomas e Secretárias. Participaram do Encontro as nossas Irmãs Imaculada Resende, Teresa Cristina Carvalho, Meiriane Rodrigues e eu, Luciana Flávia. A temática abordada foi a seguinte: “COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA E RESOLUÇÕES DE CONFLITOS NA VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA” que o Assessor Nilton Cesar Boni, Claretiano, sabiamente modificou para “AS CONVERSAÇÕES E A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DENTRO DA VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA”.

O encontro se iniciou com uma bela oração a partir da mística do tempo pascal, bem como nos introduzindo na temática do encontro. O ponto alto da oração foi a proclamação do evangelho de Jo 8,2-10 que, mistagogicamente, conta a cena da mulher pecadora, a quem Jesus não julga e nem condena, mas a traz para o centro, restituindo sua dignidade e liberdade. Características próprias de uma conversação geradora de encontros e de espiritualidade e, portanto, uma ação apreciativa que tira do interior da pessoa o seu melhor, fazendo com que as relações se tornem mais humanas e assertivas e positivas no  dia a dia.

O Padre Nilton desenvolveu o tema de uma maneira muito pedagógica e dinâmica, proporcionando uma comunicação interativa, apreciativa e próxima. Não deixando, porém, de abordar questões pertinentes, fazendo sérias interpelações ao grupo, com apresentação e exemplos de diversas situações concretas que vem acontecendo na Vida Religiosa Consagrada.

O ponto de partida para iniciar a conversa teve como norte a seguinte pergunta:  Qual é o Raio X da Vida Religiosa Consagrada Hoje? Esta foi sendo respondida tranquilamente pelo grupo, trazendo partilhas que se tornavam comuns às realidades particulares de cada Instituto. Foi, realmente, um bonito e profundo espaço de abertura e humildade, feito através das colocações de cada Irmã e Irmão. Assim, destacamos algumas preocupações, apresentadas pelas Superioras/res, que tem acometido nossa vivência enquanto Vida Religiosa Consagrada e, portanto, interferindo em relações conflituosas. São as seguintes: "Está faltando identidade e comunhão na Vida Religiosa Consagrada; falta de paciência e escuta, por faltar tempo; Envelhecimento humano, cada vez mais aumentado entre os membros; Carência de afetos; Relações reais, relações virtuais, Afetos mal trabalhados; Perda do sentido da Consagração; Acúmulo de funções; Projeto Pessoal, superando o Projeto Institucional; muitas obras e pouco pessoal; Vida Religiosa Consagrada em processo de transição; Conflitos geracionais e falta de recreação".

Diante deste quadro apresentado pelas Congregações, o assessor foi trabalhando a temática, considerando que a Vida Religiosa Consagrada é chamada a ser luz onde ela está. Trouxe, assim, luzes para estas questões, e apresentou outras ambiguidades que tem sido frequentes entre os consagrados. A saber: "o império do individualismo; poder e autoridade exercidos sem caridade; espiritualidade não religiosa, sem líderes e sem instituição; crise do servir, querem ser servidos; geração “fast”, rapidez, sucesso e lucro; cansaço marcado pelo egocentrismo; a influência da sociedade líquida; do cansaço; do desempenho, entre outras realidades que tem constantemente distraído o estilo de viver a Consagração. Porque estamos imersos no mundo, e não à parte. Dessa maneira, aqueles/as que chegam até nossos Institutos carregam as características da atualidade. A superficialidade tem sido a marca de muitos Consagrados/as. Outro ponto muito debatido pelo Padre Nilton foi sobre a fidelidade ao Carisma. Nossos Institutos devem ser fiéis ao Carisma. Esse é inegociável, ou seja, deve-se ser fiel ao Carisma fundante, pois ele é DOM.  O Carisma é a verdade, e a credibilidade passa por ele. A pastoral vocacional deve ser feita na verdade, apresentando o real. Devemos ser transparentes e sinceros com aquelas/es que nos buscam. Segundo Padre Nilton, “o Conflito na Vida Religiosa Consagrada acontece por falta de autoconhecimento, pela mistura de questões pessoais, pela falta de definição como pessoa e pela busca de desculpas”. Nesse sentido, em se tratando de resoluções de conflitos, deve-se ter sempre como foco o Mestre Jesus, que faz uso da Conversação Espiritual, como no Episódio de Emaús que prioriza a fala, a escuta, o reconhecimento e a partilha.  E toda forma de resolução de conflitos deve ser feita na sinodalidade. Isso acontece a partir da transformação que envolve a Misericórdia, a descida até o outro, ver de dentro. Enfim, a resolução de conflitos se dá quando há compreensão, respeito e amor, acontece no coração. Em síntese, o assessor nos indica, como caminho de resolução de conflitos na Vida Religiosa Consagrada, o seguinte: é preciso “Voltar às fontes da própria vocação; Reintegrar o carisma; Projeto Pessoal de Crescimento; Projeto Comunitário; Fazer uma releitura da própria história; Abrir-se à prática das conversações (CNV, Geradoras e Espirituais); Formação permanente intensa; Diálogo, Direção Espiritual e Terapia.”

Deixemo-nos tocar pela outra que nos cerca, com toda sua realidade, e sejamos luz e transformação em nossas divergências interpessoais. Que os nossos conflitos nos tornem mais humanas e misericordiosas e que sejamos, de fato irmãs e compassivas.

 

Irmã Luciana Flávia Gonçalves

 

 

 

 


Família Carmelita em Missão no Pará

Como proposta do ano Vocacional da Família Carmelita do Brasil, foi realizada uma missão, nos dias 22 de março a 01 de abril de 2024, na Prelazia de Itaituba/PA, onde é bispo nosso irmão Carmelita Dom Vilmar Santini. Estavam presentes missionárias de nossa Congregação num total de nove, incluindo as Irmãs que vivem lá, três das Missionárias de Santa Teresinha, Frades das duas Províncias e do comissariado do Paraná, num total de doze, e três leigas da Ordem Terceira, de Pernambuco, Aracaju e Manaus. Frei Luís Maza, representante da Ordem para as Américas, e Frei Tobias kraus, responsável pelos Mosteiros, também estiveram presentes, apoiando a iniciativa da missão.

Foi um tempo de graça, partilha, alegria de encontros e reencontros. Os dois primeiros dias foram dedicados ao conhecimento da realidade local e da presença Carmelita nas terras amazônicas desde a vinda dos primeiros frades para o Brasil.  Contamos com a assessoria do dom Vilmar, como bom historiador, e de um sacerdote de Santarém, conhecedor da realidade missionária na Amazônia. No sábado, à noite, tivemos um momento cultural, com a apresentação do carimbó, e de comidas típicas, como: tambaqui assado com açaí e farinha de mandioca, pupunha, tacacá, doces de Murici, sucos de Buriti e Murici, etc. Forró e muita animação.

 No domingo de Ramos, iniciamos a missão, participando das celebrações nas diversas comunidades.  

Encontramos uma realidade de grande carência de presença da Igreja Católica e forte presença de igrejas evangélicas, desafiando e clamando a atração de mais missionários. A cidade tem crescido, assustadoramente, em pouco tempo. Escutamos os clamores do povo em relação à destruição da natureza, com presença de madeireiras, plantações de soja, queimadas, fumaça, calor excessivo, secas, garimpos, espalhando mercúrio, provocando a morte dos peixes, e adoecendo a população. Em contrapartida, muitos vivem do trabalho nos garimpos, madeireiras, vendas de peixe, etc., e acham normal o que fazem. Falta consciência ecológica e política. Trabalho desafiante, é pisar em campo minado!

Foi constatar o que se ouvia pelas noticiais.

A maioria das equipes ficou na Paróquia recém-criada, Santa Teresinha. Duas equipes foram para comunidades ribeirinhas, mais distante da cidade de Itaituba. As equipes se entreajudaram para realizar as celebrações da Semana Santa, pela primeira vez, nas comunidades. Foi um mutirão de visitas às famílias em cada setor. A Igreja saiu, foi ao encontro do povo. Participaram, diretamente, da equipe da missão: três seminaristas, o diácono Mateus, um casal e duas leigas. E, nos setores, outros se uniram, participando das visitas e atividades realizadas. No sábado, à tarde, houve um encontro com uns 30 jovens na sede da Paróquia. Foi um tempo forte de vivência da fé, de incentivo ao povo para se unir, e formar comunidades discípulas missionárias, um escutar com o coração o clamor da vida, das pessoas, da casa comum.

 Irmã Gorete (Irmã Maria Alves de Farias)


Dimensão Humana Afetiva

O primeiro POSTULINTER do ano de 2024, aconteceu em Belo Horizonte/MG e abordou o tema "Dimensão Humana Afetiva", foi assessorado pela Irmã Mônica Tereza, da Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência.

Em suas colocações Irmã Mônica apresentou o RUAH DIVINO (o Sopro de Vida), exercício de respiração profunda, em que nos ajudou a tomar consciência de nossa identidade, nosso ser no mais íntimo e profundo do coração. Esta atividade do RUAH DIVINO foi retomada durante todo o encontro.

A Assessora nos presentou o conceito de Formação Humana, e os níveis que a constituem: Corporal, Emocional, Intelectual e Espiritual. Formação Humana significa fazer um processo contínuo e constante de busca do equilíbrio em todos estes níveis. Assim, o texto bíblico de Lc 2, 52: “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens”, nos mostra que a dimensão humana abrange todos estes níveis.

A seguir, Irmã Mônica nos falou sobre Afetividade, mostrando-nos os seus vários significados. Disse que afetividade é, também, aquilo que faz o nosso coração arder, aquilo que vai no mais profundo do ser, como aconteceu com os discípulos de Emaús após o encontro com Jesus.

Após estas colocações, em outro momento de RUAH, fomos convidados a deixar ecoar em nós o sentimento, a experiência do primeiro chamado e a palavra forte, com a qual o Espírito Santo de Deus se expressou em nosso coração, pela oração, ao olhar no nosso ser mais íntimo.

Ela nos disse, ainda, que: "Vivemos em uma sociedade na qual, em determinados momentos, sofremos com a falta de foco em uma coisa, tentando realizar multitarefas". Assim, nos ajudou a tomar consciência da importância de se ter compromisso com aquilo que é preciso executar, sem fazer várias coisas de uma vez. Em seguida, fizemos um momento orante, refletindo sobre o mistério da Encarnação, e contemplamos a estampa da Sagrada Família, em que o Menino Jesus segura um passarinho próximo a um cãozinho. Irmã Mônica motivou-nos a um comentário, a partir de algo que nos chamasse a atenção na cena. Essa atividade nos despertou para as diferentes formas de olhar a partir de uma realidade.

Nesse momento orante, refletimos sobre a espiritualidade de cima e a espiritualidade de baixo, sendo que devemos buscar o equilíbrio entre as duas. Na espiritualidade de cima, enxergamos nossos valores e, na de baixo, expressamos nossos sentimentos e emoções. Depois, a Assessora falou de três modos de lidarmos com nossos sentimentos: 1° - Negar o sentimento, 2° - Exprimi-lo, direta e impulsivamente, 3° - Sentir, refletir, avaliar para, depois, sabermos agir de forma consciente e responsável.

A seguir, assistimos ao filme "O rei leão ", orientados a percebermos os sentimentos e as ações dos personagens, o quanto uma história figurativa traz traços com os quais nos identificamos, em nossas experiências vividas. Após o filme, houve um momento de interiorização, com algumas perguntas sobre o mesmo.

No dia seguinte, iniciamos os trabalhos a partir da celebração da Santa Missa.  Seguiu-se a partilha sobre as perguntas relacionadas ao filme. Concluímos que o referido filme nos ensina a lembrar a importância de nos confrontarmos, dia a dia, com nossos medos, e a aceitar os nossos erros para, assim, podermos nos tornar mais fortes, e seguir em frente, em busca de nosso verdadeiro propósito. Para isso, devemos procurar apoio em pessoas, ao nosso redor, pessoas dispostas a nos ajudar e a nos guiar no caminho certo. Como nos disse Irmã Mônica, a pérola nasce da ferida mais feia da concha. Assim, também, Cristo quer nascer no fundo de nossa concha, do nosso Eu profundo, ou seja, da nossa mais profunda ferida e fragilidade.

Aconteceram outras atividades e experiências junto ao grupo. Porém, detalhei, aqui, o que foi mais significativo para minha formação. Este encontro ajudou-me a adentrar no mais profundo do meu ser, como, também, me possibilitou a convivência com outros postulantes e formadores de outras Congregações, mostrando que somos únicos diante de Deus, e somos todos irmãos e irmãs.

 

 

Postulante Izabela Maria da Silva Santos

 

 


Encontro da Fraternidade Carmelitas Leigos Madre Bernadete

No dia 09 de março a Fraternidade Madre Bernadete reuniu-se, como de costume, no auditório do Memorial das Irmãs Carmelitas da Divina Providência, localizado no prédio do Educandário Dom Silvério em Cataguases/MG. Foi o segundo encontro deste ano e teve como tema a vida e as obras de nossa querida fundadora, Madre Maria das Neves.

Tivemos como orientador o professor e historiador Gilmar Moreira, também membro da Fraternidade. Todos puderam, em um clima aconchegante e tranquilo, relembrar a vida daquela que iniciou seu lindo jardim, a Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência, da qual a Fraternidade é parte. O palestrante conduziu a reunião compartilhando o conhecimento adquirido com anos de estudo e pesquisas sobre a história da fundadora.

Foi um momento muito enriquecedor onde todos os participantes puderam se encantar e compreender as origens do Congregação. Assim, a exemplo de nossa querida Madre, queremos seguir o caminho de Jesus, vivendo no amor e na fraternidade, com a consciência tranquila, para termos o Céu perto de nós.

Há 118 anos, no dia 8 de março de 1906, as Irmãs Carmelitas da Divina Providência se despediam de Madre Maria das Neves. Sua história de fé e fraternidade está preservada no Memorial Carmelitas da Divina Providência, que funciona no segundo andar do Educandário Dom Silvério, e no oratório dedicado a ela, na Capela do Colégio Carmo.

 

 Simone Siervi e Magno Oliveira

 


Celebração dos 124 Anos da Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência

Foi com muita leveza e alegria, que, no último dia 02 de dezembro, o Albergue “Santo Antônio”, de São João Del Rei/MG, foi o centro das comemorações dos 124 da Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência.  Irmãs, leigos, colaboradores e amigos, vindos de diversas partes, participaram de uma Celebração Eucarística de Ação de Graças na Capela do Albergue, presidida por Dom José Eudes Campos do Nascimento, Bispo de São João Del Rei. Nessa oportunidade, foi celebrado, com toda a Família Carmelitana do Brasil, a abertura do Ano Vocacional Carmelitano.

Na celebração, foi feita a memória de nossa querida Fundadora, Madre Maria das Neves, que, com sua coragem e fidelidade, disse sim ao serviço do Reino, no findar do século XIX. Não foram esquecidas suas companheiras de primeira hora. Um grupo diversificado, porém, de uma forte união em Cristo e fiel aos acontecimentos dos primeiros tempos. Aquela mensagem inicial foi tão forte, que se faz sentir, 124 anos depois, no coração de cada um de nós.

O local para a Ação de Graças não poderia ser mais apropriado, pois o Albergue “Santo Antônio”, fundado em 08 de setembro de 1912, por iniciativa do padre Frei Cândido Wroomans (1868-1937), um religioso holandês da Ordem dos Franciscanos Menores – OFM, com o objetivo inicial de dar socorro os pobres e os desvalidos que perambulavam pelas ruas da cidade. A partir de fevereiro de 1927, já com o nome de Albergue “Santo Antônio”, a entidade passou para a responsabilidade das Irmãs Carmelitas da Divina Providência, as quais, até hoje, dedicam seus trabalhos em benefício dos internos no albergue, procurando seguir o exemplo de sua Fundadora: “SERVIR A DEUS, AOS POBRES E ENFERMOS.

Após a celebração religiosa, todos nós, junto às Irmãs presentes, participamos de um delicioso almoço de confraternização. Foi tudo muito bom! Momento de darmos graças, e seguirmos firmes nas trilhas de Madre Maria das Neves! Por tudo damos Graças!

 

Gilmar Moreira

Carmelita Leigo da Fraternidade “Madre Bernadete”, em Cataguases/MG

 

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